Com a possibilidade tecnológica cada vez maior do controle de vacinados e não vacinados, o mundo amplia as restrições as pessoas que mesmo tendo imunizantes disponíveis se negam por diversas razões a se vacinar.
Nas diversas modalidades de esportes, o procedimento de testagem permanente tem dado as cores do novo debate, e logo a imunização tanto do público quanto de jogadores tem sido motivo de debate. Em alguns lugares, virou obrigatoriedade, como para disputar as partidas da nova temporada do basquete dos EUA.
Kyrie Irving, do Brooklyn Nets, principal expoente dos jogadores da liga americana de basquete que se opõem à vacinação contra a covid-19, foi afastado da franquia, e nessa semana o tenista líder do ranking mundial, foi proibido de participar do aberto da Australia e teve seu visto negado.
Nos EUA, algumas cidades, como Nova York e São Francisco, exigem a comprovação da vacinação de pessoas para entrarem em locais fechados.
A NBA não obriga a vacinação de atletas, mas eles realizam testes diariamente. Estima-se que 90% dos elencos estejam completamente imunizados. A falta de vacinação também passou a afetar o bolso dos jogadores. A liga decidiu que os não vacinados ficarão sem o salário das partidas que não jogarem.
Nesse momento mais de 90% dos funcionários do Citi, que tem cerca de 65.000 trabalhadores nos Estados Unidos, são vacinados, e nessa semana o Citigroup, comunicou que demitirá os funcionários dos EUA no final de janeiro se eles não foram vacinados ou não receberam uma isenção por isso, adotando uma das políticas mais rigorosas entre os grandes bancos de Wall Street.
O banco havia dito em outubro que exigiria que os funcionários dos EUA fossem totalmente vacinados contra o Covid-19 como condição para garantir seu emprego, e estabeleceu um prazo de 14 de janeiro para os funcionários informarem se tinham sido vacinados ou receberam uma isenção permitida por lei local. No Citi, os funcionários que não foram vacinados serão dispensados e pagos pelo resto do mês e demitidos em 31 de janeiro. A política de vacinação do Citi é rigorosa em comparação com seus principais concorrentes. Outros bancos, como o JPMorgan Chase, deixaram a porta aberta para torná-la obrigatória, mas ainda não o fizeram.
JPMorgan e Goldman Sachs exigem que seus funcionários sejam vacinados para entrar em seus escritórios, como esse caminho que foi tomado nos resta uma questão importante.
Pode o mundo ser dividido entre vacinados e não vacinados?
No fim de 2021, o governo de Cingapura, anunciou uma medida fundamental contra os negadores de vacinas Covid-19, desde o dia 8 de dezembro, as pessoas que tomaram a decisão de recusar a vacina terão que enfrentar toda a despesa médica. Assim divide-se ao menos naquele país, as pessoas entre vacinadas e não vacinadas.
É importante que se diga, que o governo lá, vem pagando todas as contas médicas decorrentes do tratamento do Covid-19 de todos os residentes do país, a fim de evitar que considerações financeiras aumentassem a incerteza e a preocupação pública quando a doença ainda estava surgindo e desconhecida.
Para a grande maioria dos vacinados, esse tratamento de suas contas Covid-19 continuará até que a situação seja mais estável.
Segundo o Ministério da Saúde de Cingapura, como não poderia deixar de ser, as pessoas não vacinadas compõem a grande maioria das pessoas que necessitam de cuidados hospitalares intensivos, e contribuem desproporcionalmente para a pressão sobre os recursos de saúde, levando a que essa medida seja levantada como uma forma de enviar um sinal claro para instar toda a população a se vacinar.
No momento, Cingapura tem uma das maiores taxas de vacinação do mundo, com 85%, já tendo recebido todas as doses necessárias sendo que cerca de 18% já receberam a terceira dose (superada apenas pelos Emirados Árabes Unidos e Portugal.
Quando a tecnologia é capaz de desenvolver uma solução para um problema em tempo recorde e o faz, além disso, manter todas as garantias de segurança, voluntariamente renunciar ao uso dessa tecnologia supõe um nível de irresponsabilidade e de falta de solidariedade, e isso abre uma série de discussões sobre o viver em sociedade e a construção harmoniosa e responsável dessa relação.
A imunidade gerada pelas vacinas gira em torno de 99,992%, o que transforma a decisão de não se vacinar em quase um ato de barbárie. Evidentemente a maior causa desses índices absurdos de diversos países, é a politização das vacinas, quando mandatários viram cientistas, ou melhor salvadores, mitos ou messias? Nos Estados Unidos, onde a vacinação foi pra lá de politizada, nesse momento majoritariamente as mortes por Covid, correspondem aos não vacinados.
Curioso, justamente quando a ciência em tempo recorde consegue produzir vacinas eficiente no combate a pandemia, o problema deixa de ser a falta de oferta e passa à ser a falta de demanda, sendo necessário a criação de instrumentos de estímulos e ou de punição.
Dentro da lógica e da importância da vacinação os instrumentos na guerra contra os não vacinados, vão da proibição de entrar em lugares, ou preencher um cadastro de emprego. A liberdade de movimento, em razão da transmissibilidade da doença vem sendo limitada em diversos países, a Áustria por exemplo acaba de aprovar o confinamento obrigatório para não vacinados.
A Alemanha aplica em cada vez mais territórios a chamada regra 2G (geimpft oder genesen /vacinado ou recuperado) e impede o acesso a cada vez mais negadores locais. Se você decidir ser um perigo para a sociedade, você só pode aceitar que a sociedade te trata como você é.
A tecnologia por trás das vacinas pode ser considerada, dada a sua adoção em massa em todo o mundo, como perfeitamente comprovada e segura. Além disso, a tecnologia RNA mensageiro é considerada nesse momento uma das mais promissoras para o desenvolvimento de novas vacinas e procedimentos no futuro.
Para muitos juristas, é hora de os governos deixarem de considerar negacionismo como uma suposta opção pessoal de considerá-lo pelo que é, uma ameaça real, e decidir aplicar medidas coercitivas sérias àqueles que decidem, completamente voluntariamente, colocar-se em risco de contrair uma doença grave com um custo hospitalar em muitos casos muito alto.
A Constituição consagra o Direito de ir e vir, sim, mas estabelece limites e regramentos, bem como punições, visto que a vida é um valor universal. Você não pode dirigir seu carro ou sua moto da forma como bem entender e na velocidade que entender correto, para isso se criam regras de segurança para defesa da sua vida e dos demais. Falsas profetas por hábito semeiam a desgraça e cultivam a ignorância. Cuidado.
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