Sua privacidade vai pelos ares. Drones Podem Roubar a Sua Privacidade. E Daí?

Quanto vale a sua privacidade? O que você está disposto a abrir mão, em nome da segurança ou de melhorias nas condições de trânsito?

Muitos filmes de ficção trazem os drones nas cidades do futuro, voando sobre nossas cabeças, em quase todos eles esses artefatos voadores já estão incorporados a paisagem urbana.

Com câmeras cada dia mais potentes e de melhor resolução, esses dispositivos devem tomar o protagonismo das áreas urbanas. Logo é inevitável perguntar, quanto da sua privacidade você está disposto a abrir para essas novas máquinas? De fato essa é uma controvérsia que não é nova.

Essas máquinas podem capturar imagens, cada dia mais sensíveis, com uma profusão de cenas privadas no espaço público? Até que ponto essa invasão do espaço público pela intimidade não o esvazia de questões coletivas, fazendo o nosso foco se voltar para a vida individual?

Em que pese as redes sociais darem muita visibilidade a todos, nem sempre alcançar a visibilidade é um desejo quando não sabemos que estamos sendo filmados. Afinal até que ponto esse desejo de espionar e se expor não tem invadido diversas áreas da vida coletiva, reconfigurando as relações sociais?

Novas tecnologias ocupam o espaço urbano, mas a discussão do valores jurídicos que regulam a nossa relação social precisa estabelecer esses novos limites.

Precisa ainda, proteger a privacidade através da anonimização na captura dessas imagens; precisa registrar e comunicar que as áreas estão sendo filmadas e registradas para proteção e segurança das pessoas; precisa antes de mais nada estar armazenada em base segura não sujeita a invasões nos seus registros.

A perda da privacidade não pode ser uma consequência inexorável das novas tecnologias, mas um processo construído com a participação da sociedade civil organizada, como atores que somos da construção desse novo marco legal.

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