A transformação digital é antes de mais nada a transformação das ferramentas úteis ao homem. Não existe avanço tecnológico que não envolva o ser humano, sem esse elemento não existe máquina, lançamento ou qualquer outra coisa que dê certo.
Todo e qualquer avanço, seja de pessoa física ou jurídica, sem a mudança cultural concomitante, não ganha espaço. Acima de tudo, o ser humano procura aquilo que se traduza em dividendos, no caso da tecnologia, dividendos digitais.
O Iphone não foi o primeiro smartphone, contudo, foi o primeiro da categoria que teve a construção de uma plataforma digital que integrasse diversos aplicativos que fazem de tudo um pouco, inclusive ligações telefônicas, sarcasticamente falando.
O Uber, o Cabify e tantos outros aplicativos de compartilhamento de automóveis venceram em razão do sucesso cultural, que forneceu aos usuários uma forma de transporte mais barata e ao mesmo tempo para quem tinha um ativo em casa, no caso o carro, a possibilidade de auferir renda.
Mas qual foi a contrapartida que os taxistas, concorrentes desses aplicativos, ofereceram? Nenhum, a não ser em primeiro momento por alguns, gestos de violência. Grande maioria não implementou quaisquer serviços de agrado aos passageiros, como balas, água, investimento em ar condicionado e afins. Visto isso resta claro o motivo dos aplicativos terem sobressaído, pois, os serviços prosperam se oferecerem dividendos, o que foi o caso do Uber e Cabify, por exemplo.
O uso da tecnologia que ofereça única e exclusivamente o aumento de produtividade de uma empresa nunca vai ter adesão se o trabalhador não ver um grande ganho naquela nova cultura. Como exemplo temos o home office que em um primeiro momento surge para que não parem as atividades, acaba oferecendo ao trabalhador a grande vantagem dele poder economizar o seu tempo, com o deslocamento, por exemplo.
Quantas e quantas vezes trocamos um produto que represente uma vantagem? Tudo deve mudar de uma forma muito mais acelerada.