Por muitos anos, “vida de cão” era sinônimo de algo muito ruim, penoso, sofrido, algo que mudou radicalmente pois, se depender de alguns proprietários, nem o céu é o limite para esses queridos animais.
Porém se você acha que as redes sociais empoderam muitas pessoas desconhecidas e deram um megafone para outros tantos, o que dizer de “Dog Influencers”?
Em Singapura, dois terriers brancos com lenços e boina escocesa posam radiantes para sua dona, que tira uma foto em troca de uma guloseima. Com dezenas de milhares de seguidores no Instagram, esses cachorros são tendência nesta rede social em Singapura, e outros animais rede afora trilham o mesmo caminho, afinal animais não costumam ter posições políticas nos grupos de amigos, e logo sempre estarão nas festas de fim de ano da família.
Com a pandemia, a moda que já estava em voga em Singapura, ganhou ainda mais adeptos, que se acentuaram no período de confinamento.
Com roupas que são trocadas diariamente, esses animais brilham nas redes sociais, que pode ser no Instagram, Facebook ou pasme você, nas redes sociais feitas apenas para animais. Acredite, isso existe.
No caso dos terriers, segundo uma reportagem, do site G1, “os animais já renderam vários milhares de dólares à sua dona, graças ao uso de produtos que vão desde aspiradores de pó a sapatos. Os cachorros têm, inclusive, uma agência de representação.
A empresa também presta serviços ao gato Brossy Meowington, com mais de 50.000 seguidores, e a um Spitz japonês com muitos pelos chamado Luna.
A dona de todos eles, Carrie Er, começou há alguns anos a publicar fotos de Sasha com vestidos diferentes, enquanto brincava ou quando saía para passear.
“Queríamos fazer um blog capturando momentos preciosos com seu focinho lindo e o que costuma fazer”, explica a diretora de comunicação e publicidade.
As imagens tiveram um sucesso tão grande que algumas marcas começaram a perguntar se Sasha poderia promover seus produtos. Piper, um ex-cão de concursos, chegou depois para completar a dupla. Só para registro, cada trabalho fotográfico desses animais custa US$ 500,00. Que mundo é esse?
Como boa gestora da carreira dos seus “artistas” a dona é seletiva na hora de escolher suas colaborações. Não quer promover marcas para cachorros que não atendam aos padrões mínimos, já que eles se alimentam de patê feito em casa.
Se você costuma ver os animais do seu vizinho ou amigo na internet, saiba que eles podem também ter uma rede social só para eles, o que na minha visão reforça a tese de que “Deus criou a internet e o Diabo com inveja criou as redes sociais” , pois pasme existe mais de 70 redes sociais só para animais. As principais redes sociais para animais mais conhecidas do mundo são: 1. Arknoah; 2. A Dogster; 3. FacePets; 4. BarkCam; 5. Facebook; 6. Masquemascotas; 7. Catmoji; 8. Petinder; 9. IpetMe e é claro o 10. Instagram.
Todas anunciam serviços conteúdos, e algumas são especializadas em promover encontros amorosos entre os animais.
Alguns desses animais são verdadeiras celebridades como o a cachorra Belinha (ela já morreu) da Ana Maria Braga que tem mais de 26.000 seguidores.
Se você está espantado com isso, imagine que algumas pessoas em Hong Kong, pagam até $27.000 por um voo para os seus animais, eles buscam evitar as regras rígidas que pesam sobre a aviação comercial.
Alguns moradores de Hong Kong, que estão deixando a cidade para os seus passeios ou de mudança, estão contratando jatos particulares para transportar seus animais de estimação. Afinal, esta é a única maneira que muitos podem transportar seus animais com eles, já que as restrições de pandemia reduzem o espaço de carga em voos comerciais.
Com o regime zero de Covid imposto na cidade, que levou ao aumento das taxas de carga e ao cancelamento de voos, há pessoas que estão se agrupando para usar jatos particulares a um preço de cerca de 200.000 dólares de Hong Kong (25.665 dólares) por proprietário e animal de estimação, de acordo com empresas e indivíduos.
As autoridades de Hong Kong proibiram no último mês voos de passageiros de oito países sob políticas rigorosas para erradicar a pandemia na cidade, provocando uma onda de cancelamentos de voos à medida que as companhias aéreas tentam cumprir as normas.
A tentativa de Hong Kong de erradicar o vírus se espalhou para animais de estimação. Na verdade, as autoridades sacrificaram mais de mil hamsters esta semana e colocaram em quarentena cerca de 150 cidadãos que foram a uma loja de animais por medo de transmissão de animais para humanos.
A Pet Holidays, uma empresa com sede em Hong Kong, diz que no ano passado contratou 18 jatos particulares para a transferência de animais de estimação e que os principais destinos foram Reino Unido, Canadá, Taiwan e Cingapura. Este ano, a empresa estima que vai fretar mais 20 jatos particulares para animais de estimação e que aproximadamente 30% dos clientes substituíram voos comerciais por seus serviços.
Mas a tecnologia através do aperfeiçoamento da inteligência artificial vem criando animais robôs, como “Tombot”, que usa a tecnologia em prol do bem estar humano.
Criado por Tom Stevens, o robô realista surge como uma espécie de alternativa à solidão e foi desenhado para o público incapaz de cuidar de um animal de estimação real, como idosos.
A ideia era fazer com que o robô se parecesse ao máximo com um cachorro de verdade, desde os movimentos até o comportamento. Logo ele late, mexe o rabo e responde aos toques e comandos de voz de seus donos.
O pet eletrônico está sendo apresentado publicamente no Kickstarter, uma plataforma de financiamento coletivo, já estando a venda no mercado por cerca de US$399,00.
A ideia é que ele seja utilizado como um cão de apoio emocional, pois o filhote oferece aos seus donos senso de responsabilidade, companheirismo, e conexão emocional. Com a companhia do amigo eletrônico, a expectativa é que os níveis de ansiedade e estresse dos usuários venham a baixar.
No mundo inteiro, o universo pet movimenta cerca de US$232 bilhões, e nesse valor os cães robôs não estão incluídos, em um mercado que cresce anualmente mais de dois dígitos.
O Brasil está entre os três maiores mercados do mundo para produtos pet, atrás apenas de EUA e China. O país encerrou 2020 perto de R$ 40,1 bilhões de faturamento, 13,5% a mais do que no ano anterior, segundo projeção do Instituto Pet Brasil.
Etimologicamente, quando há 200 mil anos os primeiros humanos deixaram a África e chegaram à Europa, os canídeos já estavam lá. Eles viveram juntos como competidores durante um longo período até que começaram sua associação há aproximadamente 30 mil anos.
Logo, a relação com o cão doméstico tem cerca de 30 mil anos, e de lá pra cá certamente a vida de cão mudou, e com tanto luxo não tem como não se lembrar do sucesso musical do hilariante Eduardo Dusek, com o seu “Rock da Cachorra”, que pra quem não se recorda segue o link. Eduardo Dusek Rock da Cachorra – YouTube
Em tempos digitais, carinhos, carícias não tem limites.