Não apenas as grandes plataformas digitais estão crescendo em tempos de pandemia, de forma quase que viral, que me perdoem o trocadilho em tempos de pandemia, os modelos disruptivos batem recordes de crescimento, seja em receita ou em adesão de usuário.
Vejamos os principais deles:
O Snap (Snapchat), desenvolveu um bom sistema para as tais propagandas de Resposta Direta, e como resultado um crescimento de receita de 44%, gerando US$ 462 milhões (R$ 2,6 bi). Além do exponencial crescimento de sua receita, viu o número de usuários crescer 20% saindo de 190 milhões em 2019 e saltando para 229 milhões no primeiro trimestre de 2020, são números que impressionam e parecem desenhar um universo paralelo para essas empresas.
O Twitter ganhou usuários na pandemia crescendo 23% a mais que o mesmo período do ano passado, e ainda colocou Jack Dorsey, fundador da rede social, como o maior doador individual para o combate a covid com o valor de US$ 1 bi e ainda por cima deixou seus funcionários trabalhando de casa por período indefinido.
A Tesla Em que pese tantas e tão bombásticas declarações do seu fundador Elon Musk, e os seus desafios às autoridades da Califórnia reabrindo à força uma fábrica de veículos elétricos no estado, e faz declarações de uma absurda transparência, pouco comum para esse período, sua montadora obteve um lucro líquido de US$ 16 milhões no primeiro trimestre. E as ações dobraram desde o início do ano, o que é espantoso considerando os problemas que ele teve no ano passado.
Uma das raras exceções entre os grandes de tecnologia a Uber não foi bem, também poderia ir como em tempos de quarentena em quase ¾ da população do mundo? Logo o isolamento social prejudicou as corridas, obrigando a Uber a cortar mais de 6.000 empregos e a ter uma queda em suas corridas, ao redor do mundo em cerca de 80% em todo o mundo em abril, porém conforme vão sendo reduzidas as quarentenas seu movimento vem recuperando, ainda que lentamente.
Com poucas exceções as empresas de tecnologias devem surfar em uma onda ainda melhor no período pós pandemia, com a necessária redução de custos que atinge pessoas e empresas.
As maiores empresas de tecnologia não só estão conseguindo lucrar em um período em que a economia do mundo inteiro luta para atravessar, como está ganhando um caráter simpático de companheirismo com a população, com diversas ações e alianças que estão ajudando milhões de pessoas mundo afora.
É claro que ter muito dinheiro em caixa ajuda bastante, o que é para poucos setores.