Onde andam os líderes mundiais em meio a pandemia? Os grandes líderes parecem serem consumidos por suas crises internas, com o fim de um mundo bipartido pela guerra fria num debate ideológico, que foi enterrado com o fim da URSS, e que com exceção aos fósseis políticos descongelados pelas urnas e adorados por seus eleitores, não encontra mais espaço no mundo multipolar que não aceita mais ser controlado por uma divisão de blocos.
Tirando essa discussão, tacanha e pobre no propósito e na forma faltam os grandes debates, a ideia de que devemos buscar uma solução que seja menos traumática para todos. Não existe um Gorbachov para lembrar que a Guerra Nuclear destrói um planeta que é de todos, e dizer que o vírus não bate carteirinha para os ideólogos de direita ou de esquerda, capitalistas ou socialistas utópicos, e tantos outros fósseis que saíram da ciência política para a arqueologia, enterrados pela avalanche de um mundo para todos, e onde a vida é um valor universal, e os homens e seus seres vivos os passageiros dessa odisseia.
Com tantas e atuais ferramentas de pesquisa, vivemos em um cenário com todos os tipos de informação e opiniões para todos os gostos de matizes ideológicas, mas o que concluímos com o atual quadro é que nunca tivemos tantas informações e tanto desencontro ao mesmo tempo, tanto tempo perdido em discussões atávicas, perdidas na contaminação ideológica dos seus intérpretes que torcem e retorcem dados na procura de uma justificativa para o atemporal.
Nunca se foi tão necessário a presença de líderes para apontar um caminho certo para onde vamos seguir, um caminho que mesmo que se mostre muito dificultoso o amanhã não seria tão incerto e doloroso.
A total ausência de liderança global demonstra que estamos repetindo sucessivos erros, seja no Brasil, na Itália e até nos Estados Unidos. A ausência de liderança que consiga reunir medidas com o fim de evitar desastres catastrófico como os que estamos vendo.
Hoje a nação mais rica do mundo, os Estados Unidos, é a que mais sofre com as vítimas da pandemia deixando com isso algumas lições. Como será o trabalho depois da pandemia e como serão os espaços físicos. Depois de experimentarmos o trabalho em casa alguns chefes vão perceber que podem operar com equipes menores, com funcionários mais distantes e que não se faz necessário espaços físicos tão grandes.
E logo se não precisamos de espaços físicos tão grande, os atuais espaços locados serão redimensionados e novos layouts serão feitos, isso sem contar com o grande ganho do tempo que desperdiçamos no dia a dia.
Tente imaginar as pessoas que moram em São Paulo e nas grandes cidades mundo afora que deixarão de perder de 3 a 4 horas por dia com deslocamento, essas pessoas de uma hora pra outra terão mais tempo. E o que fazer com esse tempo? Esse é um dos grandes desafios que a epidemia traz.
O trabalho precisa de um novo regramento, os países que não tinham essa regulação estão sofrendo com problemas sociais terríveis, como é o caso dos Estados Unidos, em que as pessoas por falta de garantias trabalhistas estão se colocando em risco ao sair para trabalhar com medo de perder seu posto, deixando claro que mesmo sendo o país mais rico, não é o país com melhor Estado. O Estado norte-americano não protegeu os seus cidadãos da epidemia, os números de mortos demonstram claramente esse terrível fato.
Nada é mais antigo do que a vida, e nada parece ser tão atual quanto a defesa dela, da minha da sua da nossa, que a tecnologia seja o porta voz da disseminação da ideia desse futuro de desenho tão nebuloso quanto o atual presente.