É de conhecimento que a sociedade já passou por outras pandemias como, por exemplo, a gripe espanhola. Contudo, pela primeira, vez a comunidade mundial após a instauração da economia transnacional extremamente globalizada, sofre com uma pandemia.
Logo, o COVID-19 passa a ser o maior experimento social e econômico da história, uma vez que o rápido contágio também se dá em razão da economia transnacional, multinacionalidades se encontrando e trânsito rápido entre países.
Com a epidemia do Coronavírus afetando a economia mundial e o resultado de muitas empresas, pode ser interessante que seja sugerido uma abordagem um pouco diferente, usar o Coronavírus para realizar um pequeno teste que avalia até que ponto a atividade da sua empresa pode ser afetada e se as medidas já adotadas em países como a China e a Itália podem ser utilizadas para evitar o contágio.
Temos neste período de 190 dias os exemplos do que funciona e o que não funciona. Caso tenhamos outro surto como este, estaremos preparados? Este é o grande questionamento trazido à tona com esta pandemia.
Como fazer o mercado continuar operando com os funcionários trabalhando de forma remota? A sua empresa está preparada para isso?
Na China, por exemplo, todos os trabalhadores que não tenham a necessidade de trabalhar no local estão isolados em suas casas fazendo seu trabalho e reportando a sua empresa o conteúdo que elaboram, mandando sua temperatura por assim dizer, testando o comprometimento e a resiliência desse trabalhador.
Logo na economia digital o maior ativo são os colaboradores. É a reunião deste capital intelectual e seus familiares que deve ser protegido e serve como uma medida prática para defender os valores da empresa e assim proteger a continuidade do negócio.
Mas como fazer a adaptação da sua empresa neste momento?
Muitas das atividades cotidianas podem, segundo muitas pessoas, aumentar a produtividade em razão do conforto de se trabalhar de casa sem o inconveniente deslocamento, que neste momento implica em risco a saúde.
Deve-se destacar que esse momento de ruptura do modelo tradicional de trabalho irá fazer com que muitas empresas jamais voltem ao seu formato original, instaurando-se assim o trabalho remoto, ou home office como é conhecido.
Porque não considerar um momento como este então para testar os colaboradores trabalhando sob outra circunstância e as tecnologias da empresa?
Para isso é necessário que as regras para esse modelo de trabalho sejam estabelecidas, deve haver um equilíbrio e investimento nas tecnologias para implantação do trabalho remoto.
Ferramenta de mensagens instantânea, e-mail, documentos compartilhados e até ferramentas de conversas por vídeo para suprir a necessidade do “cara-a-cara” podem ser utilizadas para se estabelecer uma rotina perfeita de trabalho em que a produtividade não será perdida, podendo ser até aumentada.
O uso de tecnologias de trabalho remoto pode até conceder a captação de talentos que tenham mobilidade reduzida e maiores dificuldades de deslocamento, fazendo com que assim tenha-se a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho de forma mais igualitária.
Será que um momento crítico como esse não traz uma reflexão para que seja concedida a liberdade aos colaboradores de poder trabalhar sobre as circunstâncias mais confortáveis e seguras?
Não se trata então de se estar preparado apenas para o Coronavírus, mas sim da empresa estar preparada para um futuro muito próximo.